MESADA É UMA BOA IDÉIA PARA A EDUCAÇÃO FINANCEIRA DE SEUS FILHOS?
Muitos pais de crianças, especialmente das crianças mais novas, têm diversas dúvidas sobre como introduzir a educação financeira de forma eficaz na vida dos pequeninos, inclusive, se oferecer mesada é ou não uma boa ideia para organização das crianças, o que muitos não sabem é que, segundo especialistas, essa prática trata-se de uma experiência positiva e não apenas para os filhos que recebem o valor, mas também para toda a família que está envolvida nesse processo, isso ocorre porque de acordo com os pais, além do valor dado em forma de mesada servir para entenderem melhor os hábitos de consumo e a capacidade de tomada de decisão das crianças, através dessa prática eles também conseguem melhorar a sua própria relação com o dinheiro.Ou seja, vale muito a pena investir em uma mesada quando o assunto é educação financeira!
Qual a idade certa para uma criança começar a receber mesada?
Segundo especialistas da área, não existe uma idade X predeterminada para que as crianças comecem a receber mesada, pois isso irá depender de alguns fatores que incluem a relação prévia da criança com dinheiro e a relação que a própria família possui com os gastos, afinal de contas, crianças aprendem através da observação e irão perceber e reproduzir comportamentos tóxicos da família em relação ao dinheiro se elas forem expostas a situações e ambientes em que haja conflitos relacionados a esse tema.
Mas, de maneira geral, recomenda-se que a mesada seja implementada para a criança a partir dos 7 anos de idade, se for demonstrado que a criança possui maturidade e entenda o real significado e valor do dinheiro. O processo da mesada deve ser explicado antes de ser aplicado e deve também ser conduzido de forma natural, sem cerimônias ou situações que tire a criança do seu ritmo fisiológico de aprendizado sobre a situação.
É importante também que o valor da mesada não seja associado a recompensas por atividades que seu filho tem obrigação de fazer, como por exemplo, tirar boas notas, estudar, arrumar o próprio quarto ou ajudar com demais atividades da família. Ou seja, seu filho precisa entender que a mesada não é um tipo de remuneração e esse conceito de remuneração deverá vir somente quando necessário para sua idade, como qual a forma que seus pais conseguem dinheiro.
Quando seu filho crescer um pouco mais e se tornar adolescente, você poderá então oferecer a ele uma remuneração por alguma atividade extra, tal qual alguma tarefa que você tenha contratado alguém para fazer, como por exemplo, cuidar do jardim, fazer uma faxina extra na garagem, etc. Assim, seu filho irá aprender de maneira oportuna como funciona a relação trabalho versus dinheiro, no momento em que ele terá idade para tal.
Quando seu filho tiver juntado dinheiro suficiente e decidir gastar com algo, oriente-o sem decidir por ele como gastar o próprio dinheiro
É obrigação dos pais orientar os filhos em diversas situações, e com o dinheiro não será diferente, no entanto, muitos pais acabam interferindo diretamente na decisão dos filhos quando eles decidem gastar o valor da mesada, ou porventura um valor acumulado de dinheiro que eles tenham conseguido juntar. Essa atitude, no entanto, pode ser bastante prejudicial no processo de aprendizagem financeira das crianças. Por exemplo, se seu filho juntar determinada quantia com o valor de sua mesada e pretende comprar algo que você considera supérfluo, ele deverá sim realizar essa compra, ainda que você veja que pode não ser um bom negócio. Nesse momento, seu papel deverá ser apresentar as opções e orientar os motivos da melhor escolha, assim como as vantagens e desvantagens acerca do que comprar, no entanto, você precisará colocar-se em seu lugar e deixar que seu filho tome a decisão final, ainda que esta não seja a melhor escolha, pois ele irá aprender com o erro, caso cometa algum e estará, somente dessa forma, apto e mais maduro para realizar uma próxima compra sem maiores interferências.
Lembre-se: a mesada precisa ser bem explicada e aplicada, não esqueça de ter transparência e responsabilidade com seu filho! 😉
